Coordenação motora fina e a escrita

No post de ontem contei sobre o trabalho realizado (Vorschule) no último ano do Kindergarten (Jardim da Infância). Hoje gostaria de compartilhar com vocês algumas das atividades que são realizadas dentro dessa proposta. Além de exemplificar tenho a pretensão de expor os pontos positivos e também algumas questões. Como educadora e com anos de trabalho em sala de aula no Brasil acho difícil ficar neutra na situação, sem palpitar, expor o que realmente acho dessas atividades. Apesar que vale ressaltar que tenho um olhar como mãe, professora, de alguém que está fora da sala de aula na Alemanha, longe do processo de escolaridade. Então, se por um lado tenho muitas questões, também posso estar equivocada sobre os reais objetivos do processo de ensino.

Já ressaltei o quanto sinto falta de propostas de Artes, Movimentos e Brincadeiras no Jardim da Infância do Felipe. Percebo o trabalho muito tradicional e uma preocupação com os conteúdos que antecipam a escola. De modo geral, pelo contato que tenho com amigas que já moraram aqui, com algumas que moram na Suíça e também através de outros blogs os Jardim da Infância tendem para uma proposta Waldorf, Montessoriana ou mesmo que seguem um documento curricular totalmente voltado ao respeito pelo processo de aprendizagem da criança. Dizem que a maioria estão voltadas a possibilitar o direito de ser criança em sua plenitude, incentivando muito a autonomia, porém com muitas situações de brincadeiras e artes.

Não percebo isso na escola que meu filho faz parte. Na maneira do possível, tento suprir o que considero importante que faça na idade dele.

Agora, esse trabalho de Vorschule de certa forma traz à tona tudo que até então observava e considero como tradicional. Felipe realiza brincadeiras orais de fazer rimas com palavras, brinca de telefone sem fio, de inventar histórias através de imagens considerando a sequência apresentada, ao mesmo tempo que faz atividades, por exemplo: de ligar a borboleta até a flor, fazer traços, seguir movimentos tracejados de um lado para o outro da folha, pensar e escolher traços a fim de fazer um padrão num determinado objeto desenhado (nesse caso o cachicol - vejam imagem), aprender o traçado correto dos números, entre outras.



O que vocês pensam sobre essas atividades de exercitar a coordenação motora fina? Acreditam que antecipam o processo de ensino da escrita? Que facilitam para a criança começar a escrever? Quais são os aprendizados que estão implícitos ao fazer uma atividade desse tipo? Vocês conseguem medir o aprendizado e os pontos positivos? Seus filhos também fazem esse tipo de atividade?

Por um lado dizem que contribui no processo de aprendizado, já que esse treino motor facilita a escrita, pois as crianças já experimentaram e aprenderam a fazer diversos traços e o movimento correto. Consideram que essa etapa ajudará a criança a focar no aprendizado da escrita de palavras e frases com maior desenvoltura. Conheço mães cujos filhos estudaram todo o início da escolaridade em escola com uma concepção sócio construtivista no qual realizaram esse trabalho de treino motor somente mais tarde e que percebem uma escrita "presa", com menos fluência, letras ilegíveis, sem saber traçar corretamente um número ou letra. Dizem que sentiram falta de um trabalho mais direcionado de coordenação motora fina e caligrafia.

Além disso, essas atividades favorecem a concentração da criança. Fazem com que centram o olhar, realizem uma atividade dentro de um tempo estimado e de certa forma "num tempo maior". Será que isso não é entediante para a criança? No caso do meu filho, por exemplo, percebo que gosta de fazer essas atividades, que fazem bem para ele, pois geralmente tende a fazer tudo muito rápido e sem prestar muita atenção no trabalho, nas cores que utiliza. E no caso da escola, as atividades tendem a exigir mais concentração, atenção e um tempo maior para a realização das mesmas. Então, melhor mesmo seria ter esse treino?

Agora,  penso que essas atividades podem não ter sentido para as crianças. Por que repetir o movimentos das letras, que até então são símbolos para as crianças e não fazem parte do conhecimento delas? Podem fazer por fazer, ficando cansadas com a exigência, com a repetição, sem fazerem grandes escolhas. Será que não seria possível realizar tudo isso através de boas propostas de Artes. Será que a freqüência de atividades de colagens, pinturas, desenhos e outras não incentivam esse desenvolvimento da coordenação motora fina? 

Talvez dessa maneira seja mais prazeroso, já que está no tempo de ser criança, de divertir-se com as atividades, de explorar toda sua criatividade e jogo simbólico. 

Sinceramente não consigo saber o quanto essas atividades são favoráveis ao processo de ensino e aprendizagem. Não consigo ter a dimensão do todo. Olhar para a Educação Infantil, para todo esse trabalho e pensar no processo da escolaridade.

Você já parou para pensar sobre isso? Já analisou as atividades da Educação Infantil do seu filho tendo um olhar mais específico? Tendo um olhar de mãe considerando as características e o jeito de ser do filho para saber se essas atividades fazem bem ou não?

Acredito numa concepção totalmente sócio construtivista, no qual não se faz necessário realizar atividades de coordenação motora fina para aprender a escrever. No entanto, confesso que é um grande questionamento e que gostaria de saber adiante, fazer uma análise do quanto são favoráveis e influenciam no processo da aquisição da escrita. 

Mãe e educadora com muitas dúvidas#

P.S: Agradeço os comentários no post anterior. Agradeço minhas queridas amigas Jas e Bruna que trazem tantas contribuições interessantes sobre o trabalho que é realizado na Alemanha e na Suíça. Obrigada por compartilharem o que sabem através dos alunos e dos próprios filhos.
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13 comentários:

Ana Paula - Journal de Béatrice disse...

Celi,
To acomapanhando todos os seus questionamentos!
Você viu os videos que postei no FB da reportagem que foi feita na escola da Bê? Então... Nela mostra direitinho a rotina de uma escola tradicional francesa... Apesar de que a escola da Bê é experimental/modelo, tem algumas idéias bem bacanas como a participação dos pais nas atividades de matematica e educação fisica. Enfim, são mais abertos, digamos assim.
Infelizmente não é Montessori ou Waldorf, mas percebo que ha um tabalho para a criança ser protagonista dos trabalhos e projetos do professor. As crianças induzem as aulas e o professor da o suporte. Até agora a Bê não trouxe nada impresso ou trabalho que tenha sido feito na escola (no meu tempo era o mimeografo, lembra?), todos os trabalhos e desenhos são feitos a partir do que os alunos produzem em sala de aula. Um exemplo: um aluno desenha um boneco: cabeça, pescoço, corpo, pernas e braços. Este desenho sera "investigado", este desenho sera a base para a pintura ou para contar historias. Não ha o boneco impresso, feito, pronto. Por outro lado, tem muito trabalho com artes e eu vejo isso tanto na escola tanto pelo interesse que ela tem em casa. Pinta o dia inteiro porque quer, sente prazer.
Outra vantagem é a sala diversificada, com alunos de diferentes idades. Isso tem despertado o interesse natural pelas letras. Ela quer escrever e ha uns dias atras estava bricando de separar silabas. Isso não foi ensinado para ela, mas sim para as crianças maiores, que dividem o mesmo espaço na sala de aula. Ela, sei la, prestou atenção, esticou a orelha e repoduziu em casa. Eu acredito, de verdade, que a crinça manifesta o seu interesse pelas letras (fase anterios à leitura) a partir dos 3 anos (idade da Bê). Não quero que ela saiba ler ou escrever antes do tempo, mas como percebo esse interesse e curiosidade, eu fomento, incentivo com brincadeiras ludicas. Agora, se não fosse o interesse (genuino)dela eu não forçaria a barra, de forma alguma!
Quanto a adaptação para o primario, aqui é mais ou menos como na Alemanha. As crianças começam a visitar a escola maior, conhece a professora e é um trabalho de transição. Acho isso super importante, pois a ligação que a criança tem com a Maternelle é muito forte e o cordão vai sendo cortado aos poucos, assim elas ganham confiança para passar para outra etapa e estudar com os grandes.
Celi, como não sou professora ou pedagoga, saiba que tenho aprendido muito com as suas reflexões. Isso so vem a somar com o que aprendo diariamente na educação da minha filha.
Beijão

Bruna Dalfré disse...

Ai Celi, difícil falar, não podemos comparar a educação brasileira com a alemã, envolve muitas coisas, é até mesmo cultural.Pelos seus relatos ai me parece um tanto tradicional, acredito numa E.I. muito mais dinâmica no ensino e aprendizagem, mas não acho assim tão horrível essa atividade da foto, eu penso assim, o aluno chega no 1º ano e vai escrever, não sabe nem o limite de uma linha a outra, e ai? O que faltou? Saber a noção de espaço neh?!
É complicado, você tem uma visão bem construtivista, o que acho legal, mas acredito que tem algumas coisas que precisam partir pro tradicional, mas ao mesmo tempo oferecer uma "diversão", ao invés de ficar traçando, a professora poderia propor uma atividade em que eles passassem o cadarço num tênis,ou pegar alguns objetos com um prendedor de roupa mesmo,passar pedaços de canudinhos numa linha de lã...essas coisas..Para a criança é algo mais dinâmico e prazeroso como vc mesma disse! Falta sim um pouco de criatividade!
Eu acredito no trabalho de desenvolvimento da coordenação motora fina para a contribuição num maior controle manual nos exercícios de escrita!
Difícil falar!
Acho que é isso
Beijos

Bruna Egger disse...

Oi, Celi!
Seus questionamentos estão mais que certos e a sua intuição está bem afiada!
Esta questão - da atividade fazer sentido para a criança, ou não - depende de como ela será desenvolvida pelo professor. Por isso está ligada à questão da autonomia docente. Aqui, o professor tem liberdade para escolher o material e a metodologia de ensino. As metas são iguais, mas COMO cada professor fará... aí depende de cada um... Aqui, quando me deparei com essas atividades, pensei também assim, como você. Cheguei até a dizer que não as faria de jeito algum, pois pareciam mais antigas que as que eu mesma tinha feito quando estava na escola!... Mas eu tinha que fazer alguma coisa, os objetivos estavam lá, esperando por mim. Fui atrás, então, de materiais que satisfizessem minha ética docente, meu espírito construtivista . Encontrei muitas coisas bacanas - que realmente fazem a diferença.
Mas fui eu que decidi ir atrás, eu quis fazer assim com as crianças no Kindergarten onde eu trabalhava... Em outras já acontece de outra maneira... Parece coisa de sorte ou azar para os pais e as crianças, talvez mais para as crianças, porque muitos pais não se interessam por este processo.
Fato é que não adianta muito ir questionar certos professores e suas metodologias... A autonomia gera uma certa autoproteção aos professores, positiva ou negativamente. Se você perguntar para o Felipe e ele não souber te responder porque ele fez tal atividade, talvez fosse interessante fazer outras coisas em casa, com os mesmos objetivos. Ou intrigá-lo a perguntar o porquê da atividade .
Com relação ao trabalho desenvolvido na área de artes e na de brincadeiras e movimentos - ou melhor, à falta deles - concordo também. Isso é uma característica brasileira, sabe! Crianças brincando, pulando, pintando, fazendo picnic e contando história no jardim... Raramente você verá algo assim por aqui... Os pais do Kindergarten me questionavam, porque eu saia tanto com as crianças. Cheguei até a ouvir: a estrutura do Kindergarten está insuficiente? Outros achavam o máximo, inclusive, o fato de eu mesma brincar com as crianças. A minha resposta era sempre a mesma: que eu tentava unir o bom daqui e o bom de lá do Brasil, já que eu tive as duas formações. Mas até provar que toda essa proposta era boa, fiz muuuuuitas cartas aos pais e muuuuitas reuniões.
Talvez você possa levar algumas ideias à professora dele. Ou então, fazer algo com ele em casa e sugerir que ele aprensente no dia seguinte .
Depois quero saber mais sobre essa vivência dele aí! Bjo!!

Celi disse...

Obrigada pelo convite! Beijos

Celi disse...

Que bacana Bruna a visão que vc tem sobre esse trabalho. Era exatamente isso que queria saber... "ouvir" a opinião das amigas, mães, blogueiras ou não. Obrigada!
Também acho que tem um lado positivo, caso contrário não acreditariam nisso e seguiriam fielmente esse trabalho.
É muito diferente do Brasil, envolve sim uma questão cultural e de concepção de ensino pensada ao longo da escolaridade. Só acho um tanto radical, sabe? Gostaria que tivesse tido também um pouco mais de atividades de Artes, Movimentos e Brincadeiras, enfim, atividades que são favoráveis ao ser criança.
Meu filho nem reclama de fazer essas atividades, muito pelo contrário, gosta! Pediu para comprarmos um caderno que tem outras parecidas. Até aí tudo bem. Mas sinto uma grande rigidez por parte da escola, das professoras.
Mas já que é impossível mudar sozinha toda essa proposta, pelo menos tento compreender e encontrar um meio termo para nós, para quem acredita em uma concepção diferente.
Obrigada querida pela participação em toda essa discussão.
Beijos

Celi disse...

Bruna percebo que na Suíça e pelo que me conta que é bem mais "liberal", que o "professor" tem uma liberdade de escolha dentro de um documento curricular. Você foi atrás e fez tudo que acreditava ser o melhor para seus alunos. Conseguiu conciliar o trabalho com a concepção que acredita. Agora, vou te contar que por aqui não sinto essa possibilidade para as professoras. Tenho a impressão que seguem um documento curricular (assim como já conversamos) e apresentam uma proposta fechada e imutável. Uma proposta que vem de anos e anos... São felizes assim! Acreditam fielmente!
Parece que só questiono ou reclamo. Mas confesso que já marquei três reuniões com a professora do Felipe. Marido e eu fomos lá e falamos tudo que sentimos falta, questionamos o porquê de algumas coisas serem de um jeito ou outro. Ela explicou e se manteve na mesma posição de sempre!!!
Por exemplo, não usam canetinha pois suja a roupa e os pais reclamam. Simples e fácil! :)
Sabe que agora solicitei para ela um material que fale sobre Vorschule. Ela entendeu perfeitamente que queria um material para ler, saber mais sobre o caminho que seguem... Pergunta se tive resposta. Parece que sou uma ameaça, sabe!? Uma mãe chata!
Por isso, não vou brigar, discutir e solicitar mais encontros. Felipe sairá em breve dessa escola e estou apostando que conseguirei vaga naquela que contei para vc e escreverei um post em breve.
Mas é bom... bom saber Bruna que na Suíça é bem diferente! Pelo menos que há um espaço maior para a realização de atividades tão importante no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.
Um grande beijo amiga e mais uma vez estou adorando saber mais através de você!!!!

Celi disse...

Ana desculpe a demora para responder para você! Queria assistir os vídeos da escola da Bê. Precisava assistir e com calma! Hoje consegui fazer isso! Que oportunidade bacana, hein!? Filmarem as diversas situações na sala de aula.
Primeiramente quero dizer que o idioma foi um obstáculo para minha compreensão total, mas deu sim para ter uma noção do trabalho através das imagens. Consegui ver um tanto da relação do professor com o próprio trabalho e com as crianças. Por sinal, que demais a presença de uma figura masculina na sala de aula. Ele parece um bom profissional, além de mostrar um ótimo contato com as crianças.
Que bom Ana que as crianças e os pais tem oportunidade de participarem mais efetivamente. Gostei muito!
Adorei ver a situação de jogo com registro, a proposta de Artes. Amei ver a finalização as propostas de Artes, no qual cada criança fez uma escolha e trabalhou do jeito que queria...
Parece-me uma boa escola, no qual apesar de ter alguns pontos tradicionais, também há uma interação e troca interessante entre as crianças das diferentes idades, as crianças participam do processo.
Quero agradecer seu comentário! Obrigada pelo carinho! Um grande beijo.

Mari Mari disse...

A escola das minhas criancas trabalha com a psicomotricidade ampla inicialmente, mas ja trabalham com motricidade fina sim desde o comeco. a minha de 2 anos tinha atividades pra tracar linhas verticais e horizontais com tinta (e dedo), com giz, com lapis. Eu acho que ajuda.
Outra experiencia que eu tnho é que eu sou canhota, mas na quinta serie eu resolvi que ia aprender a escrever com a direita e pratiquei motricidade fina durante as aulas de Hstoria. o resultado é que eu sei escrever com a direita - nao fica lindo, nem alinhado, mas aprendi. entao, se o trabalho é tardio, nao é perdido!

Celi disse...

Então, isso quer dizer que vc acredita no trabalho de coordenação motora fina antes de aprender a escrever? Vê pontos positivos nisso, certo?
Bom saber... Obrigada pelo relato da sua experiência.
Beijos

Ana Paula - Journal de Béatrice disse...

Ihihi, eu diria o mesmo se eu visse uma reportagem em alemão!! Rs ; )
POis é... O video mostra por si so a rotina que ela tem. Não é a escola dos meus sonhos, você sabe... Mas, olhando os pontos positivos, de um modo geral estou satisfeita.
Quanto a motricidade fina, eu não sei quando a Béa começou a adquirir o movimento. Lembro que quando ela tinha dois anos e meio, fomos na escola Waldorf em Curitiba e a dona da escola falou "nossa, ela ja tem o moviemento da pinça", quando a viu pegando num lapis para desenhar. Mas isso é muito dela, da Bê. Sera que pegar joaninhas com os dedos tem a ver com isso? Catar formigas na calçada? Pegar num lapis de cor desde... Sei la... 18 meses? Não sei... Acho que criança tem a possibilidade de exercitar a motricidade fina de muitas maneiras e de modo ludico, com coisas/atividades inerentes do dia a dia. So que, na minha opinião, quando isso é imposto, quando a coisa é programada para que TODOS os alunos façam (de uma forma ou de outra, com ou sem traumas), dai sim eu pararia para questionar... Sempre havera alunos mais adiantados e outros nem tanto e isso tem que ser respeitado, afinal estamos falando de ritmo indivudual. Agora se o Felipe tem se mostrado feliz e gosta do que esta aprendendo, acredito que esteja no bom caminho...
Enfim, mãe e seus dilemas! Eu também quebro a cabeça por aqui!!!
Beijinhos!

Celi disse...

Exatamente isso Ana que costumo pensar... que esse aprendizado acontece naturalmente, sabe?! Que as próprias situações do dia a dia favorecem esse fazer e aprender... No entanto, deixamos como está, pois sozinha não conseguirei mudar a proposta da escola.
No entanto, parece que encontrei uma solução para os próximos filhos. Pelo menos é algo aberto e muito mais lúdico. Aguarde que contarei em breve no blog.
Obrigada querida pela troca. Um grande beijo.

Juliana Tassi Borges Zenaide- Contos de Mãe disse...

Celi, até parece que sentamos juntas para fazermos este texto. Como já conversamos anteriormente, como educadora, também tenho meus questionamentos em relação ao sistema de ensino que meus filhos estão inseridos aqui na Suíça, mas o que me leva a acreditar que estamos no caminho certo, é a alegria e vontade que vejo e sinto nos dois, ao irem para a escola.
Também acabei de receber atividades como esta que Lucas realizou e tenho visto o progresso de Gabriel diariamente em diversos pontos que considero importante, portanto, ainda que eu questione o método, pois também sou adepta ao discurso sócio-interacionista, admito que estou parcialmente satisfeita com o que tenho visto.
Quanto às descobertas, à interação com o objeto de aprendizagem, sempre procuro acrescentar mais e mais em casa, concretamente e de uma forma a agregar aquilo que eles trazem, com jogos, manuseando o que temos no dia-a-dia e promovendo as associações necessárias.
Mas continuo como você. Me questionando o tempo todo.
Peço desculpas pela falta que estou com os outros posts, mas a mudança está me tomando um tempo grande para organizar tudo.
Um beijo querida,

Celi disse...

Isso mesmo Ju! Estamos juntas e acho que questionar faz parte... ainda mais por sermos educadoras! Que bom que os meninos estão bem e que eles tem essa mãezona que defende tudo com unhas e dentes :)
Não preocupe-se com as visitas. Super entendo! Apenas estava com saudades, estou com saudades de falar com você e não da sua presença constante no meu blog.
Um grande beijo.